Open Finance: A revolução financeira que está transformando o Brasil
O Open Finance está funcionando a todo vapor e é grande destaque no Brasil. Isso porque, essa tecnologia revolucionária, vem quebrando barreiras e promovendo maior transparência, eficiência e acesso aos serviços financeiros. Neste artigo, vamos explorar o conceito de Open Finance, suas principais características e entender por que essa tecnologia está em evidência no Brasil.
Tempo de leitura: 7 minutos
O que é Open Finance?
Open Finance, ou “Finanças Abertas”, é um modelo que permite o compartilhamento seguro de dados financeiros entre instituições financeiras, usuários e empresas terceiras, por meio de APIs (Interface de Programação de Aplicativos). Com essa abordagem, os clientes têm mais controle sobre suas informações e podem autorizar o acesso a esses dados por outras instituições, facilitando a integração e o desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Com essa estrutura, os aplicativos financeiros se comunicam com diversos sistemas, oferecendo uma experiência mais integrada, segura e personalizada para o cliente. Todo esse processo é regularizado pelo Banco Central do Brasil.
Brasil é referência mundial em Open Finance
O projeto do Open Finance teve início em fevereiro de 2021, e em apenas dois anos, segundo a Febraban, alcançou 17,3 milhões de consentimentos para o compartilhamento de dados pessoais e bancários, sendo 10,8 bilhões de comunicações bem-sucedidas.
Nesse mesmo levantamento, foram mapeados 45 produtos e serviços já oferecidos aos clientes, entre eles, de agregadores financeiros, para iniciação de pagamentos, soluções para ofertar melhores propostas de crédito, e serviços voltados para cashbacks e tarifas.
E a quantidade de consentimentos só aumenta! Conforme dados do Banco Central, com exclusividade ao Finsiders, realizados em março deste ano, os consentimentos superaram 28 milhões, comparado a 18,7 milhões de dezembro de 2022. Desses quase 10 milhões a mais, a maioria era de pessoas físicas interessadas nos benefícios prometidos pelo sistema.
Open Finance na Febraban Tech 2023
No primeiro dia do maior evento do setor financeiro – Febraban Tech – especialistas falaram sobre troca de informações entre instituições financeiras.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Open Index e apresentada no primeiro dia do Febraban Tech 2023, o Brasil tem 3,7 bilhões de chamadas mensais – colocando o país na liderança do Open Finance.
Durante a roda de conversa, Edlayne Althemar Burr, diretora da Accenture, apontou que o Brasil está em segundo lugar no pilar de ambiente regulatório, ao lado do Reino Unido e da Austrália.
Leia mais sobre insights dessa roda de conversa em: Brasil está na liderança de Open Finance, indicam especialistas
Existe diferença entre Open Finance e Open Banking?
Sim! Embora possam parecer semelhantes, eles têm significados distintos e desempenham papéis diferentes no universo das finanças.
O Open Banking relaciona-se especificamente à abertura e compartilhamento de dados bancários entre diferentes instituições financeiras.
Esse compartilhamento de dados é feito através de APIs (Interface de Programação de Aplicativos), o que possibilita que as instituições financeiras acessem as informações dos clientes de outras instituições.
Em resumo, esse formato dá liberdade para que clientes usem serviços de terceiros, como fintechs, plataformas de investimento e gerenciadores financeiros.
“Mas, e o Open Finance?”
Enquanto o Open Banking se concentra principalmente no compartilhamento de dados bancários, o Open Finance tem uma abordagem mais abrangente. Essa tecnologia envolve a troca de dados financeiros de diferentes tipos de produtos e serviços, além de incluir não apenas instituições bancárias, mas outras entidades financeiras, como seguradoras, corretoras de valores mobiliários e empresas de pagamento.
O Open Finance amplia o escopo do compartilhamento de dados financeiros, permitindo que os clientes acessem e compartilhem informações sobre todas as suas atividades financeiras em um único local. Dessa forma, é possível uma visão completa e integrada de sua situação financeira, facilitando o gerenciamento de suas finanças de forma mais abrangente.
Em resumo, o Open Banking é uma parte específica do Open Finance. Ele é focando exclusivamente no compartilhamento de dados bancários, enquanto o Open Finance abrange uma ampla gama de produtos e serviços financeiros. O Open Finance oferece aos clientes acesso e controle mais amplo sobre suas informações financeiras.
Como funciona na prática a integração do Open Banking?
A integração do Open Banking na prática envolve a abertura de dados bancários por parte das instituições financeiras, permitindo que terceiros acessem esses dados por meio de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações). Essa abertura de dados cria um ambiente mais aberto e colaborativo no setor bancário, oferecendo benefícios tanto para os consumidores quanto para as instituições financeiras.
Uma empresa líder no segmento de meios de pagamento, com mais de 14 anos no mercado e mais de 1,5 milhões de clientes, compartilhou com a DOMVS iT sua maior dor: precisava de especialistas para atender norma regulatória do Bacen (Banco Central do Brasil) para adequação do negócio ao Open Banking.
Em apenas 4 meses, por meio de um processo de recrutamento e seleção rápido e assertivo de profissionais de tecnologia, a DOMVS iT formou 4 times para atender esse requisito do negócio.
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Medidas de segurança são essenciais
A segurança do Open Finance é uma preocupação fundamental, uma vez que envolve o compartilhamento de dados financeiros sensíveis. Para garantir a proteção adequada dos dados dos clientes, várias medidas de segurança precisam ser implementadas.
Regulamentações e conformidade: É essencial que existam regulamentações claras e rigorosas que orientem o compartilhamento de dados financeiros. As autoridades reguladoras devem estabelecer diretrizes e padrões de segurança para garantir que as instituições financeiras cumpram as medidas necessárias de proteção de dados.
Consentimento do cliente: O compartilhamento de dados deve ocorrer apenas com o consentimento explícito do cliente. As instituições financeiras devem obter permissão adequada antes de compartilhar qualquer informação do cliente com terceiros. Além disso, os clientes devem ter controle sobre quais dados são compartilhados, com quem e por quanto tempo.
Algumas tecnologias que também ajudam nesse processo
Criptografia e segurança de dados: O uso de criptografia robusta é essencial para proteger os dados durante o compartilhamento e o armazenamento. A implementação de criptografia de ponta a ponta ajuda a garantir que apenas as partes autorizadas tenham acesso aos dados financeiros.
Autenticação e controle de acesso: Os sistemas de Open Finance devem ter mecanismos sólidos de autenticação e controle de acesso para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar os dados financeiros. Isso pode incluir autenticação de dois fatores, identificação biométrica ou outras medidas de segurança avançadas.
Monitoramento e detecção de fraudes: É importante ter sistemas de monitoramento contínuo para identificar atividades suspeitas ou potenciais ameaças de segurança. A detecção de fraudes e a resposta rápida a incidentes de segurança são elementos cruciais para proteger os dados dos clientes.
Auditoria e conformidade: As instituições financeiras devem realizar auditorias regulares e avaliações de conformidade para garantir que os padrões de segurança sejam mantidos. Isso envolve não só a revisão de políticas, mas também processos e sistemas para garantir que estejam atualizados e em conformidade.
Educação e conscientização: A conscientização dos clientes sobre os riscos e medidas de segurança é essencial. Por isso, as instituições financeiras devem educar os clientes sobre os benefícios e os riscos do Open Finance. Além disso, indica-se fornecer orientações sobre como proteger suas informações pessoais e financeiras.
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